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Antônio Flávio do Carmo

 

Sou Antônio Flávio do Carmo, tenho 65 anos, aposentado. Mudei para o Parque Santana em 1999, mas comprei o terreno em 1995. Vi o bairro transformar-se de um local natural, tranquilo, com mata e a Lagoa da Libânia limpa, para um lugar urbanizado e comercial, perdendo sua essência natural e a tranquilidade.

 

Como primeiro presidente da Associação de Moradores, criamos um forte movimento cultural e educativo: organizamos festas, montamos biblioteca e o 1º laboratório de informática (só acessível lendo livros) e lutamos por melhorias, como a 1ª creche e a limpeza da lagoa. No entanto, há também uma tristeza ligada a ela: a creche leva o nome de uma senhora que fazia um trabalho social conosco e que foi vítima de um acidente fatal com o trem durante o início das obras do metrô.

 

Eu sempre fui focado em afastar crianças das drogas. Havia grande engajamento coletivo.

 

Hoje, vejo o declínio cultural e um crescente individualismo. Meu legado à juventude é: larguem os celulares, voltem ao coletivo, à cultura, preocupem-se com o próximo e lutem contra as drogas. Minha alegria é a creche que, ironicamente, guarda a memória triste de uma trabalhadora social falecida no metrô.

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