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Rosa Maria Alves de Oliveira       

 

Meu nome é Rosa Maria Alves de Oliveira, e tenho 57 anos. Cheguei aqui no bairro, especificamente no Parque Santana, há 28 anos, em 1996. Eu já era adulta, vinda de Quixadá; o loteamento ainda estava começando. Eu e a família compramos um terreno e fomos construindo a nossa casa.

Lembro-me bem de que, no início, não tínhamos água encanada nem luz elétrica no Parque Santana; era tudo no improviso. Tínhamos que buscar água para beber no chafariz em frente à igreja matriz do Mundo Bem ou em uma única torneira que havia na Vila União. Era um tempo de muita simplicidade.

As festas mais marcantes sempre foram as da igreja, como a festa da padroeira, que sempre acompanhamos. Tínhamos também o costume de fazer uma “cereja” nas portas das mães no Dia das Mães, algo que fazíamos em grupo, não por uma pessoa específica. As tradições religiosas, como o São João e a festa do padroeiro, são importantes para mim e procuro passá-las adiante.

Ao longo desses anos, vi muitas mudanças. O trem deu lugar ao metrô, e a exploração imobiliária tomou conta, com muitos imóveis surgindo onde antes havia árvores. O bairro cresceu em população, mas também, infelizmente, na violência. Muita gente foi deslocada pela construção do viaduto, e muitos vieram morar aqui no Santana.

Para o futuro, vejo o bairro em um crescimento total, abrindo-se para todos os lados de Fortaleza. Minha mensagem para as futuras gerações é que preservem a memória, o que ainda temos, como o minimuseu Firmeza. A modernidade é importante, mas os jovens devem aprender com os pais para que o conhecimento e as tradições não se percam.

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